Olá, gente! Tudo bem com vocês?
Hoje no "Papo de Sereia", iremos conhecer um pouco mais a autora Tayana e seu mais novo lançamento, "Eu Quero Mais".
Um livro que aborda diversos assuntos sociais e que fará o leitor olhar para as pessoas de uma outra forma.
Como surgiu a ideia de escrever um livro?
Escrever é algo que me acompanha há muito tempo. Grandes
dores ou grandes amores acabam sempre virando alguma coisa, um texto, um
conto... Eu quero mais virou um livro.
O seu intercâmbio e experiencia em outro país
influenciaram sua escrita?
Toda experiência influencia de alguma forma, se você cruzar
com um escritor na rua, corre o risco desses 3 segundos serem a inspiração que
ele precisava para terminar uma história. Risos.Morar fora me trouxe “You just
have to choose” um conto que se passa no intercâmbio, em breve vou publicar a
edição bilíngue para quem não fala inglês poder ler.
O que o leitor pode esperar do seu novo livro “Eu
quero mais”?
Acho que o ponto principal de “Eu quero mais” é o amor. Não
amor de homem e mulher apenas, mas laços familiares, amor humano... Ver como o
amor pode se descaracterizar e virar outra coisa e como o amor verdadeiro
jamais muda. Por mais que eu defina EQM como uma história de dor e cura, o amor
é o protagonista.
A inspiração para a história da Lizzie veio do seu
convivio com pessoas proximas ou observando a sociedade como um todo? E o que
te levou a criar essa personagem?
Eu sempre digo que eu escrevo duas coisas: Tabu e
música. Minha inspiração são os tabus da
sociedade e as músicas que me tocam de algum jeito. Desde a primeira coisa que
escrevi, os tabus e as músicas estavam lá, acostumei a ter sempre uma música
tema e uma questão social como assunto principal.
Sabemos que a Lizzie é uma mulher negra, e
infelizmente não vemos muitos livros em que as mulheres têm essa característica.
Como é para você trazer uma personagem com representatividade para outras
mulheres?
Para mim é uma honra e um grito de liberdade. Era muito
confuso olhar para minha mãe – que é negra – e saber que não tinha lido nenhum
romance adolescente com uma protagonista negra; apesar de rodar o booktube,
nunca tinha visto uma resenha de um famoso new adult com uma protagonista
negra. E o mais chocante para mim ao longo da escrita foi ME descobrir negra.
Aprender sobre a política do colorismo e sobre como nosso país insiste em
apagar nossa cor. A Lizzie é minha bandeira de amor e resistência e eu espero
de coração que as pessoas consigam compreender a profundidade do racismo
estrutural, a dor que a solidão da mulher negra traz, o racismo que o termo
“mulata” traz e que o termo “morena” pode trazer... Espero verdadeiramente que
a Lizzie seja só a primeira de muitas.
Como foi o processo de escrita do livro? Você levou
muito tempo para escrever?
Escrevi “Eu quero mais” em quatro meses e passei pouco mais
de dois anos entre “deixar a história descansar” e “re-re-re-revisar”, aprendi
com esse livro que as revisões nunca acabam. Minha
amiga-revisora-copidesque-secretáriaLuana Moraes,me disse que eu sempre
encontraria algo à melhorar e que alguma hora euprecisaria publicá-lo antes de
deixar a vontade de revisar novamente tomar conta de mim e eu a escutei,
conversei com ela e outras pessoas que me ajudaram e decidimos a data, mas
ainda mexi no livro depois disso. Risos. As últimas alterações foram feitas no
final de maio, para você ter uma ideia.
Morando em outro país e lançando um livro no Brasil,
você acha que isso pode atrapalhar seu contato com os leitores?
Acho que não. Óbvio que eu gostaria de estar no Brasil e ter
contato pessoal, ir à bienal, conversar com cada leitor na mesa de um shopping
tomando sorvete.Mas a internet está aí para me conectar com pessoas de todo o Brasil
e isso me deixa muito feliz. No entanto, não nego que isso mexeu comigo, me
deixou com mil dúvidas... Mas pensei muito e cheguei à conclusão de que a
história da Elizabeth não podia mais esperar, minha garotinha queria voar,
então eu deixei.
O mercado literário está passando por uma crise, no
seu ponto de vista como autora, como é lançar um livro hoje?
Atualmente eu estou pesquisando esse assunto para a minha
tese de mestrado. Risos. Pode ser que isso mude, ainda tenho oito meses para
decidir, mas por ora quero falar sobre como a Amazon influenciou na crise do
mercado literário.Mas antes de publicar, pesquisei com outras autoras e a
maioria disse que não troca a Amazon nem por editora, tanto pela autonomia com
os livros quanto pelos ganhos financeiros. E numa perspectiva de autora
iniciante, eu quero mesmo é publicar o livro e ser lida, e se é a Amazon que me
apoia nisso, é para lá que eu vou.
Quais são suas grandes inspirações e referencias
literárias? Tem aquele autor ou gênero preferido?
Olha, eu não
tenho um gênero favorito, mas autores eu tenho:
Johan
Grisham – Favorito da vida
Colleen
Hooveer – Inspiração
Gayle Forman
– O amor da minha vida
Paola
Aleksandra – Autora nacional favorita
Paolo Coelho
– autor nacional favorito
L. C.
Almeida – Autora que eu mais leio na amazon.
Como você
pode perceber, eles escrevem coisas totalmente diferentes, e amo todos.
Deixe uma mensagem para seus leitores e futuros
Oi, tudo bom?
Espero que você goste de Eu quero mais, e que continue aqui, ainda temos muitas
histórias para dividir, muitas gargalhadas para compartilhar e ainda mais
lágrimas para derramar.
Obrigada pelo carinho. <3
Tay.
Agradeço a Tay por essa entrevista maravilhosa e a você leitor por acompanhar até aqui♥
Um beijo e até o próximo papo de sereia
Tayana Alvez nasceu no Rio de Janeiro em 1992, começou a ler em 2002 e desde então não parou mais. Formada em Serviço Social e Gestão de Recursos Humanos, saiu da casa dos pais pra ser intercambista na Irlanda em 2017 e nunca mais voltou.
Atualmente é Mestranda em Gestão na Universidade da Beira Interior em Portugal.
Seus livros preferidos foram escritos por John Grisham e Colleen Hoover e suas maiores inspirações para escrever estão na MPB e nos Tabus da sociedade brasileira.
Eu quero mais é seu romance de estreia.
Compre - Eu Quero Mais